Jornal Correio Braziliense

Economia

Taxas de juros poderão ser elevadas, diz presidente do Banco Central

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) precisa ficar idealmente em 4,5% ao ano, com margem de tolerância entre 2,5% e 6,5%.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, sinalizou nesta terça-feira (19/2) durante evento na instituição que as taxas de juros poderão vir a ser elevadas na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em março.

Após comentar que a Selic, a taxa de juros foi reduzida ao patamar mais baixo da história ; está em 7,25% ao ano --, Tombini fez uma ressalva: "Quando necessário, se ensejado pelo cenário prospectivo para a inflação, a postura do BC em relação à política monetária será adequadamente ajustada".

Em seu discurso cauteloso de cerca de dez minutos, Tombini afirmou que a autoridade monetária tem feito tudo o que é necessário para se ater à meta. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) precisa ficar idealmente em 4,5% ao ano, com margem de tolerância entre 2,5% e 6,5%.

"Não existe hoje no país risco de descontrole da inflação", afirmou Tombini. Depois, porém, emendou: "O BC tem comunicado sua estratégia, que permanece válida neste momento. Por outro lado evidentemente isso não significa que os ciclos monetários foram abolidos, conforme tenho repetidamente mencionado em fóruns nacionais e estrangeiros".

Cuidadosamente, ele avisou que, caso seja necessário apertar a política monetária, "a taxa Selic oscilará em patamares mais baixos que no passado".