Em protesto contra a MP dos Portos (Medida Provisória 595), portuários decidem nesta terça-feira (19/2), no Hotel Nacional, em Brasília, se vão iniciar uma greve prevista para 18 de março. Para a próxima sexta-feira (22/2), eles garantem que será feita uma paralisação de seis horas. Além desse encontro, o presidente da Câmara, deputado Henrique Alves, recebe sindicalistas portuários e o presidente da Força Sindical, o deputado federal Paulinho da Força (PDT-SP), para discutir as emendas feitas à MP.
Segundo os trabalhadores, o texto precariza as condições de trabalho no setor portuário. O governo, no entanto, nega que a medida vá reduzir direitos trabalhistas. Pelas novas regras, os operadores portuários privados poderão movimentar cargas de terceiros e contratar a própria mão de obra, sem passar pelo Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo). Para os empresários, isso aumentará a concorrência e, como a privatização dos terminais será feita pelo menor preço e pela maior movimentação de carga, os custos, principalmente dos exportadores, serão reduzidos.
Com informações de Rosana Hessel