O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, se reuniu nesta terça-feira (5/1) com o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Valmir Campelo para discutir a privatização do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB-Brasil Resseguros), maior resseguradora da América Latina, que deve ocorrer ainda este ano.
O governo decidiu desestatizar a IRB-Brasil para tornar a empresa mais competitiva mundialmente. ;O IRB, depois do processo de desestatização, terá flexibilidade necessária para competir em condições de igualdade com grandes grupos mundiais. O IRB tem grande potencial de expansão dos negócios, tendo em vista a realidade econômica do Brasil, com obras de infraestrutura, a necessidade de seguros e resseguros se desencadeará;, disse Barbosa.
[SAIBAMAIS]A transformação do IRB em empresa privada deve ocorrer por meio de um aumento de capital dos atuais sócios privados, diluindo a participação do governo, que deverá se tornar sócio minoritário. ;Nós temos capacidade de ter um grande ressegurador de escala de capacidade de competição internacional, baseado no Brasil, tendo participação da União, mas não majoritária, e participação do capital privado, dos principais grupos nacionais;, explicou o secretário executivo.
Para que o processo de privatização ocorra, o governo precisa do parecer favorável dos órgãos de controle: TCU, Banco Central, Superintendência de Seguros Privados (Susep) e Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Segundo o governo, com a privatização, o capital do IRB, que atualmente é de cerca de R$ 15 bilhões, pode ser ampliado para R$ 50 bilhões, para estar entre as dez maiores resseguradoras do mundo a longo prazo. ;O importante é que ele [IRB] seja livre para buscar capital e ressegurar;, disse Barbosa.
O edital com as condições para a desestatização da empresa foi lançado pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e publicado no dia 23 de janeiro no Diário Oficial da União. Na próxima semana, o ministro do TCU se reunirá com técnicos do BNDES. A previsão é que o parecer do TCU seja divulgado até 15 de março.