A seca que deixou gado e pastos à míngua no ano passado levou o governo se programar para tentar evitar novos prejuízos agrícolas em 2013. A ideia é resguardar principalmente o micro e pequeno produtor rural, que, por ter mais dificuldade em acessar linhas de crédito para financiar a atividade produtiva, é sempre o mais afetado em momentos de intempéries climáticas, como ocorreu durante a maior parte do ano passado.
Para tentar mitigar as perdas desses agricultores, o Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou, ontem, a ampliação do limite de indenizações do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária da Agricultura Familiar (Proagro Mais). Agora, além de resguardar a perda de safra em até R$ 7 mil por ano, a linha também cobrira uma parte dos financiamentos contratados pelo agricultor, até um limite de R$ 5 mil anuais. ;Esse é um programa que tem todas as características de seguro rural tradicional;, esclareceu o chefe do Departamento de Regulação, Supervisão e Controle das Operações de Crédito Rural e do Proagro, Deoclécio Pereira de Souza.
Em outra medida similar também tomada ontem, o CMN prorrogou o prazo para que agricultores da Região Sul contratassem a linha especial de crédito para investimento pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Segundo explicou o coordenador-geral de Crédito Rural e Normas da Secretaria de Política Econômica, do Ministério da Fazenda, Francisco Olismar, a demanda pela linha de crédito foi maior do que o governo esperava, o que acabou gerando ;problemas operacionais; para o governo.
;Vimos que o prazo final, previsto para acabar hoje (ontem) poderia deixar de fora uma boa quantidade de agricultores familiares sem acesso a essa linha de crédito, então resolvemos prorrogá-lo por mais um mês;, contou. Os recursos liberados para esses agricultores são estimados em R$ 1,2 bilhão, sendo que cada família poderá solicitar, no máximo, um crédito de R$ 10 mil, pagando uma taxa de juros subsidiada de 1% ao ano.