[SAIBAMAIS]O primeiro-ministro irlandês, Enda Kenny, também lembrou que a UE será mais forte se Londres formar parte dela. "Independentemente do que ocorrer, gostaria que a Grã-Bretanha continue sendo fundamental para a União Europeia. É muito importante para todos", disse. Kenny também afirmou que "cinco anos são uma eternidade" em política e convocou a Europa a utilizar a relativa calma que reina nos mercados financeiros para impulsionar as reformas necessárias e fomentar a economia.
O primeiro-ministro italiano, Mario Monti, espera que os britânicos decidam permanecer na Europa porque sair significa perder muitas vantagens econômicas. "Quero acreditar que, quando o momento chegar, os britânicos dirão ;sim; porque (...), se disserem não, terão que sair do mercado único", disse Monti.
Em Davos, empresários e investidores se preocupam de que este foco de incerteza se some a um ambiente já muito volátil. "Só nos cabe esperar, mas a incerteza e o que falta (até o referendo) incidirão no processo de decisão" de empresários e investidores, advertiu um dirigente de um importante fundo de investimentos britânico, que pediu o anonimato.
Cameron criticou a pesada maquinaria europeia e o excesso de regulação para empresas que não fazem mais do que encarecer seus custos. A Europa, disse, está perdendo competitividade e está deixando de ser um lugar atrativo para os investimentos, razão pela qual é " hora de convertê-la em um motor de crescimento", e não em uma fonte "de queixas de empresários e cidadãos".
Na agenda deste dia está prevista a intervenção da chanceler alemã, Angela Merkel, que se mostrou mais conciliadora com os planos do governo conservador britânico. "Naturalmente, estamos dispostos (...) a discutir os desejos britânicos", disse a chanceler na quarta-feira.