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Economia

População economicamente ativa sofre queda na China após décadas

Pequim - A população economicamente ativa na China sofreu uma redução pela primeira vez em décadas em 2012, informou nesta sexta-feira (18/1) o governo, que se mostra preocupado com os riscos da explosão demográfica que vive o país.

A China introduziu sua controversa política de filho único no final da década de 70 para controlar o crescimento populacional, mas sua população essencialmente masculina agora está envelhecendo e se mudando para as cidades, segundo estatísticas apresentadas pelo governo.

A maior população nacional do mundo cresceu cerca de 6,7 milhões em 2012, chegando a 1,354 bilhão de pessoas, exceto Hong Kong, Macau e Taiwan, divulgou o Escritório Nacional de Estatísticas da China. Para cada 100 bebês do sexo feminino, nascem quase 118 do sexo masculino.

A população em idade economicamente ativa - definida entre 15 e 59 anos - caiu 3,45 milhões, a 937 milhões, levantando preocupações sobre como o país irá garantir o sustento para os mais velhos, já que a China contabiliza 194 milhões de pessoas com idade acima de 60 anos.

[SAIBAMAIS]Esta foi a primeira queda absoluta entre a população em idade ativa em um "período de tempo considerável", informou o diretor do Escritório Nacional de Estatísticas da China, Ma Jiantang, acrescentando que sua expectativa era de "queda constante até 2030.



O abismo financeiro e os desequilíbrios da população são motivos de preocupação do Partido Comunista, que dá grande importância à preservação da estabilidade social para evitar potenciais desafios no controle do poder. Centenas de protestos irromperam em toda a China no ano passado, desencadeados por uma ampla gama de questões sociais, incluindo disputas salariais e trabalhadores rurais tendo seus direitos negados como residentes nas cidades.

A população urbana da China cresceu para 712 milhões, aumentando 21 milhões no ano anterior e aumentando a pressão sobre os serviços públicos, enquanto a população rural caiu 14 milhões, ficando em 642 milhões. A renda média per capita foi de 26,969 iuanes (4,296 dólares) nas cidades comparado aos 7,917 iuanes no campo, informaram as estatísticas.