"Precisamos de crescimento para gerar empregos e de empregos para gerar crescimeto", disse ela.
A zona do euro, no centro da crise da dívida que está prejudicando o crescimento global - onde o FMI e a União Europeia resgataram Grécia, Irlanda e Portugal - tem que fazer mais para enfrentar seus desafios, disse ela.
Operações financeiras da UE e do Banco Central Europeu, como o Mecanismo Europeu de Estabilidade e as compras de títulos pelo BCE, "não se mostraram operacionais".
"Progressos devem ser feitos na união bancária", acrescentou.
Lagarde sugeriu que um maior relaxamento monetário na Europa pode ser apropriado para sustentar a demanda.
Sobre os EUA, a chefe do FMI citou amargas divergências políticas para alcançar um compromisso sobre o limite da dívida nacional e os planos de redução do déficit.
"Todos os lados devem se unir em nome do interesse nacional" para evitar um erro político, declarou.
Com a dívida norte-americana próxima ao limite e o Tesouro usando medidas extraordinárias para evitar colocar a maior economia do mundo em default, republicanos estão relacionando o aumento do teto da dívida aos cortes de gastos.
O presidente democrata rejeitou esta base de negociação.
Mais de quatro anos depois da crise financeira que colocou a economia global em recessão, Lagarde também pediu a conclusão de reformas do sistema financeiro.
Ela expressou preocupação sobre a tendência do setor bancário de ter má vontade quanto à regulação, especialmente os padrões internacionais de Basileia III.
"É constante o setor recuar porque é mais agradável operar sem regulação (...) eu posso estar sendo um pouco dura, mas esta é minha experiência como ex-ministra das Finanças (na França)", acrescentou ela.
Questionada sobre o desejo do Japão de conter a valorização do iene, Lagarde reiterou sua firme oposição à guerra cambial e outras desvalorizações competitivas.
"Os riscos de retaliação deveriam realmente evitar a continuidade desse tipo de polícia monetária", disse ela.