Jornal Correio Braziliense

Economia

Eleição na OMC é definida por meio de acordos e Brasil tenta obter consenso

O novo diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) será eleito no dia 31 de maio, mas o processo é construído cinco meses antes, na tentativa de deixar que a disputa fique no máximo com três candidatos. A ideia é buscar o consenso e evitar o acirramento da concorrência. O Brasil está em campanha com o embaixador Roberto Carvalho de Azevêdo, de 55 anos. No total, há nove candidatos.

Com sede em Genebra, na Suíça, a OMC busca gerenciar os acordos que compõem o sistema multilateral de comércio, atuar como fórum para firmar acordos internacionais e supervisionar a adoção e implementação dessas medidas pelos membros da organização. Um dos órgãos mais importantes da organização é o Sistema de resolução de Controvérsias da OMC, que se destina a solucionar os conflitos.

O comando da OMC é exercido pelo diretor-geral, presidente do órgão revisor e presidente do mecanismo de controvérsias. Tradicionalmente, se, para um dos três cargos é designado um representante de país em desenvolvimento, para as demais funções são escolhidos nomes de países desenvolvidos.



Além de Azevêdo, concorrem à direção-geral da OMC Alan John Kwadwo Kyerematen, de Gana; Anabel González, da Costa Rica; Mari Elka Pangestu, da Indonésia; Tim Groser, da Nova Zelândia; Amina C. Mohamed, do Quênia; Ahmad Thougan Hindawi, da Jordânia; Herminio Blanco, do México, e Taeho Bark, da Coreia do Sul.

O nome de Azevêdo tem o apoio da presidenta Dilma Rousseff e de distintos setores do governo, como o Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e Comércio. O embaixador é apontado como um dos mais preparados especialistas em política comercial do governo brasileiro.

Diplomata de carreira, Azevêdo é atualmente o representante permanente do Brasil na OMC, na Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), no Conselho das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad), e na União Internacional de Telecomunicações (UIT). Ele construiu sua carreira na área de econmia e comércio internacional, em especial de resolução de litígios.