Jornal Correio Braziliense

Economia

Fundos de pensão são investimentos menos seguros atualmente

Os trabalhadores que têm dinheiro aplicado em fundos de pensão nunca correram tanto risco como agora. Com os juros dos títulos públicos no menor nível, de 7,25%, qualquer erro dos administradores poderá comprometer o tão sonhado complemento às aposentadorias. Com isso, recentemente, o Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) decidiu reduzir em 0,25 ponto percentual ao ano a meta atuarial (rentabilidade mínima) das entidades de tal forma que, em 2018, ela chegue a 4,5%. Hoje, 42% dos fundos de pensão ainda estão com esse indicador em 6% ao ano, mais o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Esse tipo de previdência privada administra hoje um patrimônio superior a R$ 626 bilhões, o equivalente a 14% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Reduzir a meta atuarial significa que as entidades terão que contar com maior volume de recursos em caixa porque as reservas não renderão mais o esperado. O secretário de Políticas de Previdência Complementar do governo federal, Jaime Mariz, explicou que a decisão do conselho reflete o cenário atual de juros mais baixos da economia brasileira. Além de ser uma adequação à realidade do mercado, a medida pretende, segundo ele, incentivar a diversificação de investimentos nos fundos de pensão. ;É necessário que eles criem alternativas e que não se concentrem apenas em títulos públicos;, ressalta.