Depois de um terceiro trimestre decepcionante, o Brasil voltou a crescer em ritmo mais forte em outubro. De acordo com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), um indicador que tenta antecipar o comportamento do Produto Interno Bruto (PIB), o país registrou avanço de 0,36% no mês retrasado. Esse desempenho positivo, porém, não deve ter se repetido em novembro e, nem mesmo as garantias do presidente do BC, Alexandre Tombini, de que a atividade iria girar a um ritmo anual de 4% neste fim de ano, parecem ser suficientes para dar ânimo à economia. A projeção para o penúltimo mês do ano é de retração de 3,2% no comércio, mesmo com os estímulos ao consumo. Para o PIB de dezembro, a previsão dos analistas é de apenas 0,2% de crescimento.
Apesar de minguadas, as expectativas para a etapa final de 2012 estão de acordo com o esperado e com a previsão de uma expansão do PIB próxima de 1% em todo o ano. Nos cálculos do Itaú Unibanco, o crescimento de outubro foi um pouco melhor que o apontado pelo BC: 0,5%. ;Em suma, a atividade econômica avançou em outubro, após contração em setembro;, resumiu Aurélio Bicalho, economista da instituição. ;Para novembro, os sinais voltam a ser de fraqueza. Os dados disponíveis sugerem que a expansão de outubro não se sustentou. Nossa prévia do PIB mensal aponta para ligeira contração;, disse ele.