O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou que apesar da alta do dólar ante o real nos últimos 12 meses, o objetivo do governo não é um câmbio nominal elevado. Ele destacou que o mais importante é dar competitividade ao setor produtivo com medidas mais amplas, ações que, segundo ele, têm impacto no câmbio real -- a diferença de competitividade e de preço entre os produtos brasileiros e estrangeiros. "O que interessa nesse processo não é o câmbio nominal, mas o real, o que dá diferencial de competitividade", disse. "Se fosse esse o objetivo, desvalorizar o câmbio, e isso redundasse em inflação, o que se ganharia em câmbio se perderia em inflação", argumentou Tombini. Na visão dele, a Europa e os EUA devem sair da crise em três ou quatro anos em uma condição muito mais competitiva e forte do que atualmente. "Se hoje a competição é grande, o que será daqui há três ou quatro anos, quando essas economias saírem da crise?", questionou. "Temos de nos preparar para isso", disse.