Ao ver de Octávio de Barros, não são somente os juros altos e o câmbio que ajudarão o país a crescer. Será preciso mais. Nesse sentido, ele elogia as iniciativas do Executivo para baixar o Custo Brasil, como a redução da tarifa de energia elétrica e a aposta de que o destravamento das concessões em logística ajudará a alavancar o investimento privado. ;Vemos um governo muito pragmático, com uma capacidade de mobilizar o setor privado por meio de concessões em varias áreas;, afirma. Para ele, a pressão inflacionária deverá continuar. O especialista prevê que o indicador fique em 5,2% em 2013, acima do centro da meta. ;O reajuste dos combustíveis deve ocorrer entre fevereiro e março do ano que vem;, projeta. Em relação ao dólar, a estimativa de Barros é para algo entre R$ 2 e R$ 2,10 até o próximo ano, se o cenário externo não se agravar. ;Numa situação extrema, com inflação um pouco fora do controle, seria razoável supor que o governo permitisse uma desvalorização do dólar, que iria abaixo de R$ 2;, diz ele, lembrando que o real foi a moeda que mais se depreciou nos últimos 16 meses.