De acordo com os dados das contas nacionais divulgados hoje (30/12) pelo IBGE, a economia brasileira cresceu 0,6% no terceiro trimestre deste ano, em comparação com os três meses imediatamente anteriores. Pela ótica da produção, o destaque foi a agropecuária, que registrou incremento de 2,5%.
Para a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a expectativa do mercado é que o PIB cresça 1,5% este ano, puxado justamente pela agropecuária (%2b2,4%).
;De julho a setembro, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central do Brasil (IBC-Br), uma prévia do PIB, havia registrado alta de 1,2% em relação ao trimestre anterior. Com o resultado fraco divulgado hoje pelo IBGE, o PIB ainda não garantiu um crescimento expressivo para 2013;, afirma Fabio Bentes, economista da Confederação.
Pelo lado da demanda, o destaque positivo do PIB foi para o consumo das famílias, que avançou 0,9%. Na comparação com o mesmo trimestre de 2011, houve alta de 0,9%, sobressaindo-se, novamente, o setor primário (%2b3,6%) e o consumo das famílias (%2b0,9%). No acumulado dos últimos quatro trimestres, o PIB acumula alta de 0,9%.
A atividade comercial cresceu 0,4% sobre o 2; trimestre de 2012 ; a décima segunda alta consecutiva ;, e variou %2b1,2% ante o 3; trimestre do ano passado. ;Nesses períodos, as vendas do varejo avançaram 2,4% sobre os três meses anteriores, já descontados os efeitos sazonais, e 8,6% ante o mesmo período de 2011. Atualmente, o comércio representa 10,8% do valor anual adicionado pela produção nacional;, destaca Fábio.
Para o Banco do Brasil, os números indicam "continuidade da recuperação da atividade econômica neste segundo semestre. A indústria e a agropecuária, em certa medida, mostraram reação aos estímulos introduzidos na economia, e a estabilidade do setor de serviços refletiu eventos que tendem a não se repetir".
A demanda doméstica continuou sendo o principal suporte da economia, com o consumo das famílias sendo estimulado pela expansão moderada do crédito, pela geração de empregos e de renda, na avaliação do banco. Por outro lado, a lenta recuperação da confiança contribuiu para que, até o momento, os investimentos ainda não mostrem reação aos estímulos introduzidos na economia.
"Os sólidos fundamentos e um mercado interno robusto constituem um diferencial da economia brasileira. Dessa forma, mesmo diante de um ainda complexo ambiente internacional, as perspectivas apontam intensificação do ritmo de atividade no próximo ano".