Washington - O presidente da Câmara de Representantes, o republicano John Boehner, disse nesta quinta-feira (29/11) que não houve "avanços significativos" nas negociações entre o Congresso e o governo democrata para reduzir o déficit. "Apesar das declarações do presidente de que apoia uma abordagem equilibrada, os democratas ainda têm que levar os cortes mais a sério", disse.
Caso não se chegue a um acordo antes do final do ano, entrarão em vigor uma combinação de fortes cortes do gasto, incluindo do orçamento militar, e um aumento impositivo, que pode esgotar a frágil recuperação econômica nos Estados Unidos.
Boehner e o líder da minoria democrata no Senado começaram as reuniões com o presidente Barack Obama há duas semanas, após a reeleição do presidente. Também participaram das conversas a líder da minoria democrata da câmara baixa, Nancy Pelosi e o chefe da maioria no Senado, Harry Reid.
Após este primeiro encontro, Boehner expressou que os republicanos estavam dispostos a negociar sobre um incremento dos impostos, mas na quarta-feira o líder republicano mudou seu discurso. "Isso não é um jogo. Há empregos em risco, a economia norte-americana está em jogo e este é o momento de exercer uma liderança de forma adulta", afirmou.
Na quarta-feira houve um encontro entre Boehner e o secretario do Tesouro, Timothy Geithner, representante de Obama nas negociações sobre o déficit fiscal. O republicano afirmou que a reunião a portas fechadas foi "franca e direta", mas disse que segundo sua visão, Geithner não havia conseguido apresentar nenhum plano específico para cortar os gastos.
"Sem cortes nos gastos e reformas nas prestações sociais, será impossível abordar a crise da dívida do país, reimpulsionar a economia e criar empregos", disse Boehner.