Os números levantam ainda dúvidas sobre o papel das políticas sociais e de distribuição de renda como as principais ferramentas para diminuir as desigualdades. Especialistas ouvidos pelo Correio defendem a importância desses mecanismos para a diminuição da miséria nos últimos anos, mas admitem que é preciso mais, por exemplo avanços na educação, hoje o ;calcanhar de Aquiles; do país. Entre 2002 e 2010, período analisado pela pesquisa do IBGE, as regiões pobres do país ganharam maior participação no Produto Interno Bruto (PIB, soma da produção do país em um ano). O Norte, que detinha 4,7% do total, passou para 5,3%; no Nordeste a evolução foi de 13% para 13,5%. Em contraponto, a região mais próspera do Brasil, o Sudeste, perdeu espaço, viu sua fatia encolher de 56,7% para 55,4%. Mesmo assim, o dinheiro continua concentrado nos mesmos lugares.