Jornal Correio Braziliense

Economia

Planos da Geap viram um tormento para beneficiários que buscam atendimento


A vida de boa parte dos 610 mil servidores que têm planos de saúde administrados pela Fundação Geap não tem sido fácil. Conseguir um atendimento, mesmo que de emergência, transformou-se em uma maratona e quase um jogo de sorte. Com a rede de hospitais credenciados cada vez menor, a operadora está pedindo socorro ao governo para sair do estado de agonia em que se encontra, ao registrar prejuízos de quase R$ 100 milhões por ano. ;Buscar atendimento pela Geap tornou-se um tormento;, diz , não sem razão, o funcionário público César Neves Medeiros.

No último dia 2, ele rodou mais de quatro horas por Brasília até encontrar um hospital que aceitasse o seu plano de saúde. Foram percorridos 21km entre a Asa Norte, onde mora, até o Hospital Santa Marta, em Taguatinga, estabelecimento em que, finalmente, encontrou um ortopedista disponível. ;Sei que a Geap está passando por sérios problemas financeiros, mas isso não deveria se refletir sobre seus associados. Saúde é o bem mais precioso que temos;, afirma. Com base em um levantamento que ele realizou na página da operadora na internet, descobriu que somente um hospital atende emergência geral no Plano Piloto, e outros cinco, em cidades fora de Brasília.