Atenas - Os transportes e os jornalistas inauguram nesta segunda-feira (5/11) uma semana de greves na Grécia contra os ajustes que o Parlamento deverá votar para que o país obtenha os fundos acertados com seus credores internacionais.
Em Atenas, o metrô está fechado e os taxis se somaram ao movimento, informaram os sindicatos. Os jornalistas da imprensa escrita, de rádio, televisão e mídia eletrônica decretaram, por sua vez, uma paralisação de 24 horas. Os hospitais estão atendendo em esquema de serviços mínimos e o sindicato da companhia pública de eletricidade DEI anunciou um cessar das atividades de 48 horas, prorrogáveis, a partir da noite desta segunda-feira.
A onda de descontentamento deverá intensificar-se na terça e quarta-feira devido às convocações de greve geral. Também convocaram marchas no centro de Atenas contra os cortes de 18 bilhões de euros (23 bilhões de dólares), decididos pelo governo de coalizão entre conservadores e socialistas e que o parlamento deve votar na quarta.
O novo ajuste inclui reduções salariais e de aposentadoira, cortes de pessoal no serviço público e novas medidas de desregulamentação do mercado trabalhista. A aprovação dessas medidas é fundamental para a liberação de uma parcela de 31,5 bilhões de euros do pacote de resgate acertado pela Grécia com a União Europeia (UE), o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Central Europeu (BCE). Sem este dinheiro, o país corre risco de declarar falência em meados de novembro.