Berlim - A chefe do governo alemão, Angela Merkel, e os dirigentes dos grandes organismos econômicos mundiais pediram, nesta terça-feira (30), em Berlim, a continuação das reformas para sair da crise econômica.
"Os riscos que pesam sobre a economia mundial são evidentes (...) e as perspectivas de crescimento não são tão boas como o que desejaríamos", observou Merkel, após uma reunião com o secretário geral da OCDE, Angel Gurría, a diretora geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, o novo presidente do Banco Mundial, Jim Young Kim, o diretor geral da Organização Mundial de Comércio, Pascal Lamy, e o novo diretor da Organização Internacional de Trabalho (OIT), Guy Ryder.
A chanceler afirmou, em coletiva de imprensa, não ter falado com Lagarde da situação da Grécia. Nesta terça-feira, o primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, afirmou ter entrado em acordo com seus credores da troika (BCE, UE, FMI).
"Falamos em geral das questões do crescimento e da redução da dívida", disse Merkel. A diretora do FMI descreveu a economia mundial como uma "trabalhosa situação de retomada", atualmente em estado de "certa estabilização e crescimento frágil".
Gurría considerou que a economia mundial começava a ficar sem margem de manobra em termos de política monetária e fiscal, com taxas de juros próximas a 0% nos Estados Unidos e na Europa.
Em um comunicado conjunto, os seis dirigentes mundiais consideraram que "a recuperação econômica mundial se encontra em um terreno frágil, com perspectivas ainda incertas".
"Para restaurar a confiança e melhorar as perspectivas de crescimento e de emprego, devem ser tomadas medidas firmes para garantir uma consolidação fiscal a um ritmo apropriado combinado com reformas estruturais", segundo comunicado.