A Polícia Federal prendeu os ex-controladores e gestores do banco Cruzeiro do Sul. Em uma operação iniciada na tarde de segunda-feira (22/10), Luís Octávio Índio da Costa, ex-presidente da instituição financeira, foi preso em São Paulo. Na manhã desta terça-feira (23/10), as prisões continuaram, só que no Rio de Janeiro. A PF colocou em prisão domiciliar o pai do executivo, Luís Felippe Índio da Costa, e prendeu dois "altos administradores" que não tiveram os nomes revelados. Para esses administradores, ficaram fixadas fianças entre R$ 1 milhão e R$ 1,8 milhão.
As prisões foram realizadas de maneira cautelar para evitar que os envolvidos destruam provas ou fujam do país. "As medidas cautelares foram decretadas pela 2; Vara Criminal Federal São Paulo, a pedido da Polícia Federal, em razão da capacidade dos investigados de causar prejuízo efetivo à ordem pública, da existência de suspeitas de ação atual dos envolvidos para subtração de bens da ação do Estado e do risco do desfazimento de seu patrimônio, acarretando prejuízos para a ordem econômica e ao sistema penal", disse a PF em nota.[SAIBAMAIS]
Os detidos são investigados por crimes contra o sistema financeiro e o mercado de capitais e por lavagem de dinheiro. Segundo a Polícia Federal, o inquérito foi instaurado em São Paulo em junho, após o Banco Central descobrir supostas fraudes contábeis no banco Cruzeiro do Sul. Durante a investigação, foram identificadas outras "condutas criminosas". O rombo estimado nas contas do banco é de R$ 1,2 bilhão. "Os envolvidos serão indiciados pelos mesmos crimes e caso sejam condenados, poderão estar sujeitos a penas de um a 12 anos de prisão e multa, conforme os atos que cometeram", informou a PF por meio de nota.