Jornal Correio Braziliense

Economia

Venezuela no último lugar do ranking mundial da liberdade econômica

Washington - A Venezuela é o pior lugar do mundo em termos de facilidade para se abrir uma empresa ou exercer a liberdade econômica, segundo um relatório sobre 144 nações divulgado nesta quarta-feira (19/9) pelo liberal Instituto Cato.

Hong Kong lidera a lista da Liberdade Econômica, com nota 8,90 em uma escala de 0 a 10, segundo a metodologia deste instituto e com base em dados de 2010. Em seguida, estão Cingapura (8,69) e Nova Zelândia (8,36).

Os Estados Unidos, que costumava estar entre os primeiros colocados nos anos 1980, foi caindo até ficar na posição 18. Entre os latino-americanos, o Chile se destaca na décima posição.

O instituto americano defende os postulados de economistas como Milton Friedman (1913-2006) ou o austríaco Friedrich Hayek (1899-1992), ambos Prêmios Nobel e partidários do máximo de liberdade econômica possível e de um papel limitado do Estado.

A Venezuela ostenta uma pontuação de 4,07 pontos.

Em penúltimo lugar, está Mianmar (4,29) e, em antepenúltimo, Zimbábue (4,35), ambos países sujeitos a sanções da comunidade internacional.

Venezuela, Argentina, Islândia e Estados Unidos registram as piores quedas na lista desde 2000, destaca o Instituto Cato.

"A Venezuela é um país rico em recursos e com as piores instituições econômica da América Latina", criticam os autores, que recordam que o Banco Mundial também situa este país no último lugar em seu índice anual sobre liberdade empresarial.

[SAIBAMAIS]Para estabelecer sua lista, o Instituto Cato e os economistas associados ao projeto levam em conta 24 variáveis, agrupadas em cinco categorias: o peso do governo, o sistema legal, a política monetária e os dados econômicos, e a liberdade comercial e a regulação.

Na América Latina, os países mais livres economicamente são o Chile, o Peru, o Panamá, a Colômbia e o México.

"Comparados a outros países, a maioria das nações latino-americanas têm governos cujo porte é pequeno, mas seus sistemas legais estão politizados", explica o texto.