A carne está se tornando um artigo raro na mesa do brasileiro. Depois da disparada do preço do frango e dos cortes de porco, que estão em média 40% mais caros, agora é a vez dos bovinos pesarem no bolso do consumidor. Os principais frigoríficos já começaram a impor aumentos aos açougues nas últimas semanas. Quem ainda tinha margem para segurar a alta, declara que, no máximo em 15 dias, a remarcação será inevitável. Comércios menores, que tem poder de barganha mais reduzido, porém, já estão fazendo o repasse.
A alta de preços, que normalmente acontece nessa época mais seca do ano, foi fortemente agravada pela maior estiagem dos últimos 50 anos nos Estados Unidos. A intempérie norte-americana provocou a quebra da safra de milho, insumo utilizado na engorda de aves, suínos e bovinos em confinamento. Estima-se que 10% do plantio tenha se perdido, o que resultou em grande aumento no preço do grão no mercado mundial.