A corrida das lideranças sindicais para assinar o termo de compromisso com o governo e não ficar sem reajuste salarial a partir do ano que vem gerou um grande desencontro de informações entre o Ministério do Planejamento e representantes dos servidores. Segundo as informações oficiais, fecharam acordo ontem técnicos e agentes agropecuários, e servidores do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).
[SAIBAMAIS]Com isso, praticamente todas as categorias teriam aceitado a oferta padrão, que prevê correção de 15,8% nos vencimentos, parcelada em três anos. Vários sindicalistas, no entanto, negavam categoricamente as informações otimistas do ministério. Até o início da noite, representantes dos servidores do Banco Central, da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e da Superintendência de Seguros Privados (Susep), o chamado núcleo financeiro, garantiam que a proposta do governo estava completamente descartada.
"Para nós, a proposta é financeiramente ruim e, além disso, temos também um pleito de modernização das carreiras que, depois de dois anos de discussão, ainda não saiu do papel. Então, a decisão de aceitar a proposta de reajuste ficou bem complicada", afirmou o presidente do Sindicato Nacional de Funcionários do Banco Central (Sinal), Sérgio Belsito.
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