Diante das negativas do governo em relação às negociações com o funcionalismo público, os servidores do Ministério das Relações Exteriores (MRE) decidiram cruzar os braços, por tempo indeterminado. A decisão foi aprovada durante uma assembleia nessa terça-feira (21/8) com os trabalhadores, que prometeram negar a proposta de reajuste estipulado pelo Palácio do Planalto, em 15,8%, em três anos.
Desde as 14h30 desta quarta-feira (22/8) eles realizam um protesto. Por volta das 15h30 os grevistas começaram a se deslocar em direção ao Ministério do Planejamento, onde pretendem fazer uma vigília até que a reunião com o secretário de Relações de Trabalho, Sérgio Mendonça, marcada para as 16h, termine. Segundo o Sindicato Nacional dos Servidores do MRE, 27 postos estão parados em vários países.
O porta-voz do Comando de Greve, Helder Nozima Pereira, destacou que durante a reunião com o secretário, enfatizará, sobretudo, o pagamento de subsídio e equiparação salarial com outras carreiras de Estado. ;A intenção da categoria não é radicalizar a greve e nem dificultar os serviços no exterior. Porém, não queremos terminar a greve sem nenhum ganho real;, afirma o representante sindical.
Os servidores demandam que os salários dos assistentes e oficias de chancelaria, passem de R$ 3 mil para R$ 4 mil; R$ 6 mil para 13 mil, respectivamente. Para os diplomatas, que ganham atualmente R$ 13 mil, o sindicato exige o aumento para R$ 15 mil.