Jornal Correio Braziliense

Economia

Dilma repele gritos e avisa que não aceitará pressões de grevistas

A presidente Dilma Rousseff mandou ontem um duro recado às bases sindicais que estão insuflando a greve dos servidores: não é por meio de quebra-quebra e gritos de protesto que as demandas serão atendidas. Para ela, a questão é técnica. Falta espaço no Orçamento da União para acomodar todos os pedidos de reajustes salariais, que chegam a R$ 92,2 bilhões, metade dos gastos anuais com o funcionalismo.



Segundo fontes do Planalto, o governo está empenhado em encontrar recursos no Orçamento para algum percentual de aumento aos servidores, com prioridade para as carreiras que ainda registram distorções nos ganhos. Mas nada será decidido até o fim do mês, antes de ser fechado o projeto orçamentário de 2013, que será enviado ao Congresso. A presidente está convicta, porém, que os reajustes para os servidores não estão entre as prioridades neste momento. A meta principal é dar favorecer investimentos produtivos, para estimular a retomada da economia e proteger o emprego privado, que não tem a estabilidade existente no serviço público.