Buenos Aires - O metrô de Buenos Aires, o mais antigo da América Latina (1913), segue paralisado nesta quinta-feira (9/8) pelo sexto dia consecutivo por uma greve que afeta um milhão de passageiros.
A justiça, no entanto, ordenou que a prefeitura (governo de direita), se reúna pela primeira vez desde que começou o conflito com o sindicato (de esquerda) e com a empresa privada Metrovías, operadora das sete linhas do metrô. Os trabalhadores reclamam um aumento salarial de 28%. O centro da capital e outros locais de grande concentração voltaram nesta quinta-feira a registrar engarrafamentos e longas filas nas paradas de ônibus. Muitos residentes na capital optaram por usar bicicleta ou caminhar até o local de trabalho.
[SAIBAMAIS]O protesto dos metroviários acontece em meio a um conflito político entre o governo de Cristina Kirchner e de Mauricio Macri (líder opositor e aspirante presidencial em 2015), que inclui a administração das sete linhas do metrô. Há vários meses a prefeitura portenha se nega a assumir o controle desse meio de transporte, alegando que o governo federal deveria liberar fundos para investir na segurança do serviço, que considera deficiente.
O ministro do Interior e Transporte, Florencio Randazzo, disse que a prefeitura portenha tem os fundos para assumir o controle do serviço e citou que o município destina parte de um imposto para a manutenção do metrô. A capital argentina tem uma população de quase três milhões de habitantes e, em dias normais, mais de um milhão de passageiros utiliza o metrô.