A presidente da Petrobras, Graça Foster, disse nesta quarta-feira (1;/8) que a estatal ainda acredita na possibilidade de que a PDVSA participe como sócia da Refinaria Abreu e Lima, a Refinaria do Nordeste (Rnest), que a estatal está construindo em Pernambuco, e que vai aguardar que a estatal venezuelana de petróleo consiga garantias bancárias necessárias à composição societária do empreendimento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A Petrobras assumiu empréstimo de quase R$ 10 bilhões junto ao BNDES em agosto de 2011 para execução do projeto e a PDVA deveria assumir 40% deste total assim que a estatal venezuelana tivesse garantias bancárias aprovadas. O custo total da refinaria é R$ 26 bilhões.
[SAIBAMAIS]O assunto foi discutido em reunião realizada no início da semana, em Brasília, com o presidente da PDVSA, Rafael Ramirez. Na oportunidade, Graça Foster convidou Ramirez para visitar as obras, ainda em fase de construção, e que estão sendo financiadas pela estatal.
;Eu manifestei ao presidente da PDVSA, que foi a pessoa com quem eu mais conversei ontem e anteontem, que a gente gostaria que eles visitassem a refinaria. É uma obra enorme (;), são 42 mil pessoas trabalhando e o empreendimento já tem 60,5% das atividades físicas concluídas. É portanto um bom momento de se visitar a refinaria;, disse Graça.
Sobre a sociedade no empreendimento, no entanto, Graça admitiu que a estatal venezuelana ainda tem ;um trabalho grande a fazer, que é em relação às garantias junto ao BNDES;. Questionada sobre o tamanho da paciência da Petrobras em relação à espera de uma definição sobre a sociedade, a presidenta disse que o importante é fazer um bom negócio.
;Enquanto ;parecer; ser uma possibilidade de se fazer um bom negócio, a Petrobras tem que ter paciência. Eu não estou dizendo que é e nem que não é [um bom negócio], eu só estou dizendo que enquanto houver potencial de ser um bom negócio, a gente vai discutir com eles. Não há a menor dúvida;.
A presidenta da Petrobras ressaltou, porém, que fica evidente que na hora de sentar com os executivos da PDVSA para discutir ;objetivamente; a entrada no empreendimento, todos os custos serão colocados sobre a mesa. ;Inclusive os custos financeiros que a gente está tendo. Não há como não se considerar isto. Mas essa hora ainda não chegou;.