Jornal Correio Braziliense

Economia

Brasil não é uma ilha aos efeitos da crise econômica, diz Dilma

Londres (Reino Unido) ; A presidente Dilma Rousseff reconheceu nesta sexta-feira (27/7) que é impossível o Brasil não sofrer os impactos da crise econômica internacional, que afeta principalmente alguns países europeus, os Estados Unidos e o Japão. Mas ela ressaltou que a economia do Brasil, mesmo sob dificuldades, registrou crescimento e segue com a mesma tendência nos próximos meses. Dilma destacou que o Brasil elevou para a classe média o equivalente à população ;de uma Argentina;.

;O Brasil não é uma ilha. Todos os países do Brics [Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul] estão sendo afetados [pela crise econômica internacional]. A diferença entre o Brasil e o Reino Unido é que o Brasil tem um sistema diferenciado;, destacou a presidente antes do almoço com atletas brasileiros, no centro de treinamento no qual está a equipe olímpica. Para Dilma, é fundamental ressaltar os avanços sociais conquistados pela população brasileira. ;Elevamos para a classe média [o equivalente] a uma Argentina [que tem cerca de 41,2 milhões de habitantes], nos últimos anos;, disse.

A presidente reiterou ainda que o governo se esforça para garantir ;o caminho da estabilidade com a inflação sob controle;. Nessa quinta-feira (26/7), o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, no evento Global Investment Conference, também em Londres, disse que o país está preparado para enfrentar os desafios por meio de adaptações e esforços. De acordo com Tombini, a economia brasileira ;está pronta; para crescer 4%, em bases anuais, no segundo semestre deste ano.

[SAIBAMAIS]Dilma acrescentou também que os principais desafios do governo são ;saúde e educação;. Segundo ela, as cobranças da população aumentaram a partir do momento que mais pessoas conquistaram melhorias salariais e qualidade de vida. ;O SUS [Sistema Único de Saúde] tende a ser o sistema da classe média;, disse ela, lembrando que antes apenas as camadas pobres da população apelavam para a rede pública.



A presidente viajou há três dias para Londres acompanhada pelos ministros Helena Chagas (Comunicação Social), Aldo Rebelo (Esporte), Antonio Patriota (Relações Exteriores), Gastão Vieira (Turismo), Aloizio Mercadante (Educação) e Marco Antonio Raupp (Ciência, Tecnologia e Inovação), além do presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS). Ela volta neste sábado (28/7) para o Brasil.