Dados preliminares do Banco Central (BC) indicam que as taxas de juros para as famílias voltaram a subir este mês. Até o dia 16 de julho (equivalente a 11 dias úteis), a taxa média para as famílias apresentou alta de 1,3 ponto percentual em relação à registrada em junho.
No mês passado, essa taxa caiu 2,3 pontos percentuais em relação a maio e ficou em 36,5% ao ano, o menor patamar da série histórica do BC, iniciada em julho de 1994. Já para as empresas, a taxa média teve novo recuo, desta vez de 0,4 ponto percentual. Em junho, a taxa ficou em 23,8% ao ano.
Segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, ;os dados preliminares são muito voláteis [oscilam muito];. Por isso, pode ser que ao fechar o mês, o aumento não seja confirmado.
No caso do mês de junho, Maciel explicou que a redução da taxa média ocorreu devido à influência dos cortes na Taxa Básica de Juros, a Selic - referência para as demais taxas, e à queda na inadimplência. Além disso, Maciel citou a recente ;disposição dos bancos de reduzir as taxas de juros;.
O spread (diferença entre a taxa de captação dos recursos pelos bancos e a cobrada dos clientes) de pessoas físicas subiu 1,6 ponto percentual, conforme os dados preliminares da primeira parte do mês. Em junho, fechou em 28,5 pontos percentuais. No caso das empresas, o spread caiu 0,3 ponto percentual, após fechar o mês passado em 15,9 pontos percentuais.
[SAIBAMAIS]Os dados preliminares do BC também mostram que houve queda na média diária de concessões de crédito na comparação de 11 dias úteis deste mês com o mesmo período de junho: 10,2% para as famílias e 5,5% para as empresas. De acordo com Maciel, nesse período do ano, é comum haver redução nas concessões de crédito.