Ao discursar nesta quinta-feira (26/7), no Global Investment Conference, em Londres, no Reino Unido, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse a economia global ;está muito desafiadora; para o Brasil. Segundo ele, o país está preparado para enfrentar esses desafios por meio de adaptações e esforços. De acordo com Tombini, a economia brasileira se recupera e conta com um mercado de crédito e confiança.
Tombini disse que a economia brasileira ;está pronta; para crescer 4% no quarto trimestre do ano. ;A esperança é retomar o crescimento estável. Temos um mercado de crédito e confiança. As exportações e importações estão abaixo do esperado, mas vão bem;, disse ele. O presidente do Banco Central disse que o Brasil está conseguindo reagir aos impactos da crise econômica internacional. Tombini acrescentou ainda que o país enfrenta um momento de demanda forte e bom nível de emprego, o que para ele colabora para sustentar a previsão de crescimento econômico.
Ele fez uma análise sobre as medidas adotadas pelo governo nos esforços de reagir aos efeitos da crise e garantir o crescimento econômico do Brasil. Para ele, os ;países emergentes têm mais espaço para fazer adaptações; e assim avançar, obtendo a estabilidade financeira, em comparação aos mais ricos. Lembrou que o Brasil registrou um rápido crescimento econômico, em 2010, depois sentiu uma redução no ano passado, obrigando o governo a implementar medidas de ajustes e agora ocorre a retomada.
Segundo Tombini, as pessoas acompanham o noticiário econômico e se assustam com o que ouvem, veem e leem. Diante disso, os governos são levados a fazer adaptações nas suas políticas econômicas. Apesar do tom otimista do discurso, ele reconheceu que o ambiente global ;está difícil e pode ficar pior;. No entanto, o presidente do Banco Central disse que a expectativa é que, ultrapassados os efeitos da crise econômica internacional, os países possam ;olhar para o futuro; e ter condições de competitividade. Ele defendeu que os governos trabalhem para atingir esse objetivo. ;[É necessário] desenhar políticas [públicas] para atingir esses objetivos [que levem ao crescimento econômico e à competitividade];, disse Tombini. ;O Brasil precisa estar preparado para enfrentar um elevado nível de competição depois da crise.;