O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou nesta quarta-feira (25/7) que a suspensão de vendas de novas linhas de telefonia móvel tiveram impacto muito forte e pesado sobre o valor de mercado das empresas do grupo da TIM. Segundo eles, a perda foi de US$ 2,5 bilhões. "Eles achavam que talvez uma medida menos drástica fosse mais adequada", afirmou. "Mas eu acredito que essa é uma perda momentânea." A diretoria da TIM reclamou, durante reunião realizada entre as duas partes em Brasília, da "severidade" das medidas adotadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Segundo o ministro, o encontro foi muito positivo. "Ouvi uma série de ponderações sobre medidas adotadas pela Anatel na semana passada. Eles reclamaram um pouco da severidade das medidas", afirmou. Estiveram presentes à reunião, além de Bernardo, o presidente da Telecom Italia, Franco Bernab;, o diretor presidente da TIM Celular no Brasil, Andrea Mangoni, e o diretor de Assuntos Regulatórios e Relações Institucionais da TIM no Brasil, Mario Girasole.
[SAIBAMAIS]Desde 23 de julho, as operadoras de telefonia celular TIM, Claro e Oi estão proibidas de comercializar novas linhas em vários estados. Em Minas, a medida é válida somente para a TIM. Devido à baixa qualidade do serviço prestado, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) tomou uma medida ;extrema; na tentativa de reorganizar o setor para os desafios programados para os próximos anos ; Copa do Mundo e Jogos Olímpicos, e implantação do serviço 4G. O grande volume de reclamações é um dos motivos da decisão do governo. Somente em março foram registradas duas queixas por minuto contra as operadoras de telefonia móvel, segundo balanço da agência reguladora.
A medida foi tomada depois de serem analisados os indicadores do setor nos últimos seis meses. A empresa mais afetada pela decisão da Anatel é a TIM, que, além de Minas, ficará proibida de comercializar linhas em outros 18 estados.