Jornal Correio Braziliense

Economia

Diretora-geral do FMI afirma que economia global crescerá menos



Entre eles, ela destacou o acordo alcançado na semana passada pelos dirigentes europeus, que se encaminha para uma boa direção. Durante a reunião de Bruxelas, os governantes da Eurozona decidiram instaurar um mecanismo que permitiria recapitalizar diretamente os bancos por meio dos fundos de emergência europeus e que estes poderiam comprar dívida pública dos países em dificuldades no mercado sencundário. Os europeus também decidiram criar um mecanismo único de supervisão financeira. O Banco Central Europeu também concordou esta semana em reduzir a um nível histórico, de 0,75%, sua taxa de referência para tentar reativar a economia.

"Sempre dissemos que além de um mecanismo de ajuda preventivo, além da intervenção do Banco Central, precisamos de uma zona do euro mais unida, não só com uma moeda única, mas sim com uma união bancária e uma união orçamentária", disse Lagarde. Os europeus decidiram ampliar sua união bancária e, para nós, a próxima etapa será uma união orçamentária que complete a união monetária e bancária". Interrogada sobre o ceticismo com que têm sido recebidos todos estes acordos europeus, Lagarde afirmou que levará um certo tempo para que os mercados, os investidores e os banqueiros digiram este tipo de decisão. Durante sua visita à Tóquio, a diretora-gerente se reuniu com o primeiro-ministro japonês, Yoshihiko Noda, e outros responsáveis do país.

O Japão anunciou em abril que aportará 60 bilhões de dólares adicionais ao fundo para ajudar a fazer frente à crise, em particular à dívida da Europa. Lagarde agradeceu ao governo japonês, assim como pelos esforços de consolidação orçamentária, alguns dias depois da adoção no Parlamento de uma lei que prevê subir de 5% a 10% os impostos ao consumo até outubro de 2015. A chefa do FMI prevê pronunciar um discurso em uma universidade de Tóquio antes de viajar a Jacarta (8 a 10 julho) e depois a Bangkok (11 e 12 julho).