Rio de Janeiro - Representantes da indústria petrolífera de 41 países estarão no Rio de Janeiro de hoje (2) a sexta-feira (6), em uma conferência internacional para discutir os oceanos, a exploração e produção de petróleo e gás nas áreas do pré-sal e o desenvolvimento das tecnologias offshore.
A 31; edição da International Conference on Ocean, Offshore and Arctic Engeneering (Omae 2012), um dos mais importantes eventos do gênero na atualidade, ocorre no Windsor Barra Hotel, na Barra da Tijuca, e é considerado estratégico para as empresas com interesse no Brasil.
Nos seis dias do evento, pesquisadores, engenheiros, estudantes, gestores e técnicos de vários países estarão participando dos debates, organizados pela Coordenação dos Programas de Pós Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ) e da American Society of Mechanical Engineers (Asme).
Realizado anualmente, o evento em 2012 terá como tema central os oceanos. ;O problema dos oceanos será debatido do ponto de vista da engenharia, o que significa entendermos a mecânica de funcionamento, ganhar conhecimento sobre o início e desenvolvimento tecnológicos no mar; disse o professor Segen Estefen, diretor de Tecnologia e Inovação da Coppe e que preside o encontro.
Segundo Estefen, do ponto de vista do desenvolvimento tecnológico o congresso, por ser realizado no Brasil, vai ter um foco muito especial nos reservatórios do pré-sal e nos aspectos da engenharia que contribuirão para a exploração de petróleo nesses reservatórios.
;Nós teremos 12 simpósios cobrindo diferentes áreas da engenharia e, além disso, teremos um workshop sobre tecnologias para o pré-sal. Então, ele tratará dos oceanos tanto do ponto de vista das ondas, marés e correntes, dos aspectos das estruturas que são colocadas no mar, quanto da produção de petróleo, da produção de minerais e das estruturas utilizadas para a pesca;.
O professor da Coppe ressaltou que os avanços agora utilizados na área do pré-sal são decorrentes de um trabalho contínuo iniciado pela universidade em parceria com a Petrobras em 1977, ainda em águas rasas.
;No primeiro estágio, eram águas rasas. Uma década depois as águas começaram a ficar mais profundas, atingindo mil metros; agora, estamos falando em 2.400 metros de profundidade , com reservatórios além dessa profundidade, uma vez que - no caso do pré-sal - nós temos outros 5 mil metros de perfuração na camada de sal (que já é outro desafio que estamos ultrapassando). Mas o desenvolvimento tecnológico, as pesquisas, elas continuarão;, garantiu.