Segundo ele, sua primeira tarefa será concluir o projeto executivo do novo eixo ferroviário. "O ministro Paulo Sérgio Passos (Transportes) irá se reunir com minha equipe e demais atores envolvidos para decidir eventuais ajustes no modelo", revelou ele, ao admitir que houve atraso no andamento do cronograma de pelo menos quatro meses. Este foi o período em que ele ficou de quarentena após deixar a ANTT por não ter a sua recondução confirmada pelo Senado.
Com isso, F igueiredo descarta a realização do primeiro dois leilões previstos para o projeto, envolvendo a escolha do operador estrangeiro, ainda este ano, devendo ocorrer no primeiro semestre de 2013. "Apesar disso, não acredito que a etapa seguinte, das obras propriamente ditas, não sofrerá atraso", ressaltou. Na sua opinião, o trem bala pode entrar em operação em 2018, um ano antes do cronograma atual.
A Etav terá papel semelhante ao da Infraero nos três grandes aeroportos recém concedidos pelo governo à iniciativa privada, com capital incial na holding de R$ 3,4 bilhões, valor que poderá subir "caso o apetite dos demais investidores revelado nos leilões não for o esperado". "Para aquilo que a presidente Dilma considera importante não há plano B", disse Figueiredo, descartando riscos ao projeto. Ele informou ainda que a nova estatal terá uma estrutura inicial de até 45 pessoas, na maioria formada por servidores públicos remanejados de outros ór gãos, incluindo a ANTT, e ocupará salas cedidas pela agência.
* O repórter viajou à convite do Instituto Aço Brasil (IABr)