Bruxelas - O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, não descartou nesta terça-feira (26/6) uma mudança do tratado europeu para avançar a uma união orçamentária.
"A crise destacou os efeitos em cascata de nossas políticas orçamentária e fiscal (...) Propomos contemplar novas etapas que poderiam exigir mudanças no tratado", declarou Barroso no ;European Policy Center;, em Bruxelas. "A união orçamentária vai além dos eurobônus", opinou o presidente da Comissão. "Isto significa também mais coordenação na política fiscal e um maior enfoque europeu sobre as questões orçamentárias", completou.
[SAIBAMAIS]O presidente da União Europeia (UE), Herman Van Rompuy, propôs reforçar a integração da Eurozona com um controle maior dos orçamentos nacionais por parte de Bruxelas e a implementação de uma união bancária, mas adiou qualquer decisão para o fim do ano. A dois dias da reunião de cúpula europeia de 28-29 de junho, Van Rompuy propôs um ;mapa do caminho; aos sócios europeus.
As propostas foram redigidas em colaboração com os presidentes da Comissão, José Manuel Barroso, do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, e do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker. Além da ideia de uma união bancária - já amplamente debatida -, o documento propõe o reforço do controle dos orçamentos nacionais ao conceder mais poder às instâncias da Eurozona. A ideia gera dúvidas nos países que temem por sua soberania financeira.