Jornal Correio Braziliense

Economia

Assange mostra disposição ao esperar resposta do Equador em embaixada



Enquanto estiver na embaixada, o fundador do Wikileaks estará em um território diplomático e, portanto, fora do alcance das forças de segurança. Mas ele poderá ser preso assim que sair, já que a Scotland Yard afirmou que ele violou as regras de sua liberdade condicional. Esse regime impõe toque de recolher entre as 22h e 8h. "Eu presumo que, se o asilo político não for concedido, ele deixará a embaixada e será preso", comentou Kristinn Hrafnsson.

Em prisão domiciliar desde a sua detenção em Londres, no final de 2010, Assange esgotou em 18 meses todos os recursos legais no Reino Unido. O Equador se ofereceu para acolhê-lo em novembro de 2010. O pedido de asilo de Assange ao presidente Rafael Correa, criticado por ONGs por violações da liberdade de imprensa em seu país, é a oportunidade de melhorar sua imagem.

Para Assange, a perspectiva de extradição parece inevitável depois da rejeição, em 14 de junho, pela Suprema Corte britânica de seu último pedido para reconsiderar o caso. A mais alta instância judicial do país indicou na ocasião que o processo de extradição seria aplicável a partir de 28 de junho. Assange ainda tem a possibilidade de recurso no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, em Estrasburgo (nordeste da França).