Jornal Correio Braziliense

Economia

Brics podem dar mais US$ 70 bilhões ao FMI e criam fundo de reserva

Los Cabos, México ; O ataque especulativo em cima da Espanha e da Itália, mesmo depois de os resultados das eleições mostrarem que a Grécia deve permanecer na Zona do Euro, levou ontem o G-20, grupos das 19 maiores economias do mundo e a União Europeia, a dar um firme recado aos investidores: ;Estamos prontos para adotar as medidas necessárias no sentido de reforçar o crescimento global e retomar a confiança de consumidores e empresários;, segundo o rascunho do documento final da reunião de cúpula que termina hoje,.



Para o G-20, ;caso a situação econômica se deteriore ainda mais, os países com suficiente margem de manobra no orçamento estarão prontos para coordenar e implantar as medidas orçamentárias apropriadas para apoiar a demanda interna;. Ou seja, injetar mais recursos em suas economia. O primeiro sinal efetivo de que os líderes globais estão dispostos a reverter a recessão que ameaça o planeta partiu dos Brics, que agrega Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O grupo vai injetar entre US$ 60 bilhões e US$ 70 bilhões no caixa do Fundo Monetário Internacional (FMI) para socorrer economias em dificuldade. Esse apoio está condicionado, porém, a um maior poder desses países nas decisões da instituição.