Rio de Janeiro -- O mercado segurador lançou nesta terça-feira (19/6) os ;Princípios para a Sustentabilidade em Seguros;, durante o 48; Seminário Anual da International Insurance Society (IIS). O documento se baseou em quatro temas que envolvem a relação entre empresas e clientes, com a intenção de preservar o meio ambiente e reduzir gastos com burocracia e serviços. Os objetivos, articulados em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Iniciativa Financeira, destacam conscientização da sociedade, educação ambiental, criação de novos produtos com este fim, transparência e inovação.
[SAIBAMAIS] Archim Steiner, subsecretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), ressaltou a importância de construir uma economia verde e sustentável, por meio da inclusão, no processo de tomada de decisões, de questões ambientais, sociais e de governança; do trabalho em conjunto com clientes, parceiros comerciais, governo, órgãos reguladores e outros públicos estratégicos, em busca de ações coletivas; e também da divulgação, com regularidade, dos avanços, na prática, dos princípios divulgados, ontem. Apesar de reunir representantes de mais de 30 países, a iniciativa de evitar os riscos ambientais é apenas uma sugestão a ser adaptada ao dia a dia de cada empresa. A expectativa, após esse primeiro passo, é que outras companhias se comprometam com a qualidade de vida no planeta.
Apesar de o mercado segurador envolver um volume de prêmio mundial da ordem de US$ 4 trilhões e ativos globais sob gestão em torno de US$ 24 trilhões, não há ainda projeções sobre quanto efetivamente será economizado ou deixará de ser gasto com a aplicação dos princípios para a sustentabilidade. Para o presidente da Sul América, trata-se de um compromisso, mas ainda não é possível falar em números. Sem mencionar valores, contou que, há quatro anos, o custo com recuperação de automóveis, após acidentes, foi reduzido por conta de uma simples ação coordenada. ;A tinta usada era à base de óleo. Entramos em contato com a fabricante e foi produzida uma tinta à base de água. Além da economia, na pintura de mais de 26 milhões de veículos, foi uma grande ajuda em termos de poluição;.
Par Eugênio Liberatori Velasques, diretor da Bradesco Seguros, apenas com a diminuição de papel, no processo burocrático, pode haver redução de até 40% no preço da apólice. ;E quem ganha é a população. Principalmente agora, com as discussões sobre microsseguros para atender aos novos consumidores que optaram pela bancarização.São mais de 40 milhões de pessoas que vão ter acesso pela primeiras vez a diversos produtos de seguros. Essa economia vai repercutir no bolso de cada um deles. E mesmo que os princípios não sejam impostos, eles, se não observados, vão bater direto na reputação. E nenhuma empresa quer ter problemas com seu nome;, ressaltou.