Jornal Correio Braziliense

Economia

Comércio e bancos disputam a atenção de beneficiados pelo 1° lote do IR

Com orçamento apertado e dívidas a perder de vista, mais de 1,8 milhão de brasileiros respiraram aliviados ontem. Não sem motivo. Como anunciado, a Receita Federal depositou em conta-corrente R$ 2,5 bilhões referentes ao primeiro lote de restituição do Imposto de Renda deste ano ; o maior da história. Os beneficiários que ainda encontraram folga para gastar foram às compras, um alívio para muitos lojistas, que vêm sofrendo com os impactos da crise mundial. Temerosos sobre um possível aumento do desemprego nos próximos meses, os consumidores andam relutantes em atender aos apelos do governo para comprar.



Do lote total de devolução, pelo menos R$ 100 milhões devem irrigar a economia do Distrito Federal. Mas os especialistas recomendam: antes de gastar, os contribuintes que engordaram o caixa devem pagar o máximo de dívida possível. É que, mesmo com a queda das taxas de juros promovida pelos bancos ; nada de especial, ressalte-se ;, manter débitos por muito tempo não é aconselhável, especialmente nesse período de incertezas. Depois de quitadas as dívidas, pode-se dividir as sobras. Parte para o consumo, parte para investimentos. A Receita, por sinal, está indicando aos contribuintes que a restituição ; se não o total dela, pelo menos uma parcela ; seja aplicada em títulos públicos por meio do Tesouro Direto. ;Para o contribuinte que busca liquidez, segurança e rentabilidade, títulos públicos representam uma excelente alternativa de investimento a custos muito baixos;, destaca o Fisco em seu site na internet. Os bancos estão oferecendo os fundos de renda fixa e a caderneta de poupança como principais alternativas.