Montevidéu - O consórcio privado Leadgate se retirará da companhia aérea uruguaia Pluna, que passará às mãos de um legatário enquanto o Estado busca um sócio que capitalize a companhia, anunciou nesta sexta-feira (15/6) o ministro de Transporte e Obras Públicas, Enrique Pintado.
"Alcançamos um acordo para a saída ordenada do Leadgate da empresa Pluna S.A.", disse Pintado em coletiva de imprensa, explicando que a decisão ocorre diante da "impossibilidade do sócio privado de aceitar" a exigência do governo, dono de 25% da companhia, de capitalizar a companhia aérea.
[SAIBAMAIS]Segundo o acordo, o sócio privado - dono de 75% da Pluna - transfere suas ações ao fideicomisso administrado pela Bolsa de Valores de Montevidéu, sem receber dinheiro em troca. "Não há uma estatização das ações, mas estas serão administradas pelo fideicomisso criado", esclareceu Pintado.
O funcionário completou que a aérea canadense Jazz, que é sócia minoritária do grupo investidor que deixa a companhia, "tem 30 dias para decidir se compra o total do capital acionário" e capitaliza a empresa.
No fim de maio, o opositor Partido Nacional denunciou diante da Justiça irregularidades na gestão da Pluna, controlada pelo Leadgate desde 2007, pelas perdas que a companhia sofreu desde então.