Jornal Correio Braziliense

Economia

Mantega faz as contas e conclui: crescimento robusto só a partir de 2013



Para os técnicos do governo, mesmo que a taxa básica de juros (Selic) caia dos atuais 8,50% para 7% ao ano nos próximos meses, os efeitos só serão sentidos, na melhor da hipóteses, no ano que vem. Os empresários que têm conversado com integrantes do governo alegam que precisam da garantia de uma taxa de retorno de 12% para os novos negócios ; ampliação e abertura de fábricas. Em tempos de normalidade, com a Selic atual, muitos já se sentiriam confortáveis para tocar os projetos que estão engavetados, uma ajuda e tanto para a atividade e o mercado de trabalho. Mas, quando descontam os riscos vindos da Zona do Euro e dos Estados Unidos, o retorno cai para 7%. Ou seja, ainda está mais vantajoso deixar o dinheiro aplicado em títulos públicos, rendendo sem riscos, e esperar por tempos melhores, do que investir no setor produtivo em um quadro de tanta incerteza.