A Moody;s, que citou as dificuldades da economia espanhola e do Estado para se financiar, completou que esta nota poderá ser revisada para baixo nos próximos três meses.
O governo espanhol obteve no último fim de semana o acordo de seus parceiros da zona do euro para um empréstimo de 100 bilhões de euros para resgatar seus bancos.
"Isso aumentará ainda mais a dívida do país, que subiu drasticamente desde o início da crise financeira", advertiu a Moody;s. Até agora a nota estava em A3.
O governo espanhol tem um acesso muito limitado ao mercado financeiro", advertiu a agência.
"A persistente fragilidade da economia espanhola enfraquece sua solidez financeira" e aumenta os riscos de uma "freada" em suas chances de obter crédito nos mercados, completou.
Os mercados reagiram negativamente até agora ao pacote de resgate, o quarto para um país da zona do euro desde que explodiu a crise de 2008, devido à falta de informações.
O governo conservador espanhol assegura que se trata simplesmente de um empréstimo em condições vantajosas, com a única exigência de ajudar o setor bancário, enquanto várias autoridades europeias advertiram que com o dinheiro chegarão novas exigências sobre a política macroeconômica.
Este empréstimo "piorará a posição da dívida" pública do governo, assegurou a Moody;s, que projetou que a porcentagem em relação ao PIB da dívida alcançará 90% este ano e continuará crescendo até 2015.
Alguns especialistas advertem que após esse resgate bancário, poderá haver um pacote para as finanças públicas.
Apesar de tudo, a Moody;s destacou que a dívida espanhola ainda merece "grau de investimento" graças à "força inerente da economia espanhola e o claro desejo do governo de reverter a trajetória da dívida com um forte programa de consolidação financeira".