O resultado desse quadro desolador se reflete nas estimativas do mercado e do próprio governo, que insiste no discurso de que o país já recuperou as forças e está pronto para avançar entre 4% e 5% ao ano. Diante do que se vê na indústria e no varejo, e mesmo no setor agrícola, se o Produto Interno Bruto (PIB) crescer entre 2% e 2,5% neste ano, a presidente Dilma Rousseff terá que se dar por satisfeita. Apesar de sua fama de boa gestora, não conseguiu tirar do papel as reformas que atacariam os velhos entraves ao desenvolvimento sustentado. Limitações na infraestrutura de transportes, pesados custos de produção e enorme burocracia para os negócios vão produzir o segundo PIB raquítico de sua administração. Pior: mesmo com toda a pressão do setor privado por ações concretas pró-crescimento, é possível que os próximos dois anos consolidem o chamado voo de galinha.