;O governo espanhol declara a sua intenção de solicitar ajuda financeira europeia para a recapitalização dos bancos que precisarem;, afirmou o ministro da Economia da Espanha, Luis de Guindos, depois de uma teleconferência de quase três horas entre 17 representantes da Zona do Euro. Em contrapartida ao socorro, o governo de Mariano Rajoy terá as suas contas acompanhadas com rigor pelas autoridades europeias, para que um forte ajuste fiscal seja efetivado. A dívida pública espanhola ronda os 80% do Produto Interno Bruto (PIB), mas poderia disparar se a administração federal fosse obrigada a aportar, sozinha, mais recursos nos bancos. Apenas o Bankia recebeu, em maio, uma injeção histórica de 23,5 bilhões de euros para tentar ficar de pé. Foi justamente a fragilidade do sistema financeiro e do setor público que levou a agência de classificação de risco Fitch a rebaixar a Espanha em três níveis, deixando o país a dois degraus do selo de especulativo.
Na noite de sexta-feira, o Fundo Monetário Internacional (FMI) informou que a necessidade de capital dos bancos espanhóis seria de 40 bilhões de euros. Mas, internamente, a instituição admitia que, para dar a segurança que os investidores exigiam, o socorro teria de ser pelo menos o dobro. E foi exatamente essa a decisão que prevaleceu na reunião de ontem dos ministros do Eurogrupo. Ou se tomava uma medida drástica, ou o mundo continuaria sofrendo com a possibilidade de o setor bancário da Espanha ruir, comprometendo o crescimento econômico global. O FMI não contribuirá para o plano de resgate, mas foi convidado ;a ajudar na implantação e no monitoramento da ajuda financeira com pareceres regulares;.