O Banco Central do Brasil decretou Regime de Administração Especial Temporária (RAET) no Banco Cruzeiro do Sul S.A, nesta segunda-feira (4/6). A instituição de pequeno porte que tem sede em São Paulo será comandada por um conselho de diretores ou por uma pessoa jurídica especializada durante 180 dias. O objetivo é corrigir o descumprimento de normas do sistema financeiro e a insubsistência em itens do ativo.
Inspeções do BC mostraram um rombo de aproximandamente R$ 1,3 bilhão. Elas também identificaram registros de créditos fictícios no balanço da insttuição, fraude semelhantes às que ocorreram no Banco Panamericano, do Grupo Silvio Santos.
O Cruzeiro do Sul deve funcionar normalmente, prazos para pagamentos e operações diárias serão mantidos. Em dezembro do último ano, o banco detinha ativos que representavam apenas 0,22% do total dos ativos do sistema financeiro e 0,35% dos depósitos. A instituição tem um patrimônio líquido negativo de cerca de R$ 150 milhões.
Também foi decretado o RAET nas seguintes empresas do grupo Cruzeiro do Sul, pelo mesmo prazo: Cruzeiro do Sul Holding Financeira S.A., Cruzeiro do Sul S.A Corretora de Valores e Mercadorias, Cruzeiro do Sul DTVM, e Cruzeiro do Sul S.A. Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros.