Nada de vulgaridade. O mercado erótico ganha espaço no país com empresários mostrando que os tabus já foram quebrados e que o negócio é lícito e promissor. Só no ano passado, o segmento cresceu 18,5% de acordo coma Associação Brasileira das Empresas do Mercado Erótico (Abeme) e o faturamento chegou a R$ 26 bilhões, incluindo filmes, lingeries sensuais e uma imensa gama de produtos para despertar o prazer sexual. Em 2011, mais de 120 mil postos de trabalho foram criados. Do total, 80% das vagas são preenchidas por mulheres. Quem sente vergonha de ir a um sex shop hoje compra pela internet. Em 2011, segundo a Abeme, as vendas on-line subiram 57% na comparação com 2010. Muito além da expectativa dos lojistas estimada em 30%.
Para muitos brasileiros, porém, entrar em um sex shop ainda é um tabu. ;Muitos têm vergonha de entrar;, reconhece a empresária Ana Cláudia Leal Ferreira Fraga, de 45 anos, dona do sex shop Magia do Amor, em Brasília. Por isso, explica ela, os empresários do setor investem em campanhas educativas e contratam balconistas com o perfil dos consumidores, para que se sintam mais à vontade para ver os produtos e sanar dúvidas de como usá-los.