A taxa de desemprego atingiu, em abril, o menor patamar para o mês desde o início da série histórica da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desde março de 2002. Tradicionalmente, o primeiro trimestre apresenta níveis altos de ocupação, por conta das contratações temporárias que começam em dezembro do ano anterior, com o Natal. Desta vez, no entanto, os bons ventos para os trabalhadores foram bem além do carnaval. A desocupação ficou em 6% em abril, após um resultado de 6,2% no mês anterior. E especialistas advertem: às empresas não é aconselhável demitir no momento. Com a escassez de profissionais qualificados, dispensar um empregado já treinado e contratar outro à frente vai sair mais caro do que fazer o que os analistas apelidaram de ;poupança de mão de obra;.
[SAIBAMAIS]
;Demitir é mais oneroso para as empresas, porque a tendência é que continue havendo uma pressão nos custos provocada pela falta de mão de obra;, afirmou o pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) Rodrigo Leão de Moura. ;Por isso, elas estão fazendo uma espécie de poupança de mão de obra, ou seja, retendo trabalhadores até que fique mais claro o cenário econômico;, explicou. Moura aconselha os empresários a aguardar o curso da crise internacional e os impactos da queda na taxa de juros para tomarem qualquer decisão.