Chicago - A Grécia estaria economicamente melhor fora da zona do euro, afirmou nesta terça-feira (22/5) o presidente tcheco, Vaclav Klaus, depois da cúpula da Otan, onde advertiu que não existe uma solução iminente para a crise da dívida europeia.
"Os problemas de longo prazo na Europa foram amplamente subestimados, de forma irresmponsável. Esta crise da dívida é apenas a ponta de um iceberg maior, muito maior e profundo", afirmou o presidente.
Um dia antes de uma cúpula informal na Europa para abordar a economia da região, Klaus qualificou de experimentos europeus, tanto a ampla unificação artificial do continente e o contínuo enfraquecimento da economia de mercado.
Para o presidente tcheco, a Grécia estava sendo castigada por ser a vítima de um acordo desequilibrado do ponto de vista econômico.
"Seria melhor que a Grécia abandonasse a zona do euro, algo que quase não está permitido, que é quase impossível", disse Klaus em declarações feitas no instituto de pesquisa Chicago Council on Global Affairs. Klaus reconheceu que a saída da Grécia teria consequências importantes, mas disse que o dilema consiste em saber qual desastre seria pior.
Além disso, o governante advertiu que apenas as mudanças estruturais podem salvar a União Europeia e discordou da postura dos líderes europeus que afirmam que o crescimento econômico é a solução.