São Paulo - Entidades médicas e odontológicas de São Paulo fizeram, na manhã desta quarta-feira (25/4), uma passeata, na região da Avenida Paulista, para reivindicar reajustes nos valores repassados pelos planos de saúde à categoria. O movimento faz parte do Dia Nacional de Advertência aos Planos de Saúde, com atividades programadas em todo o país. A manifestação ocupou duas faixas da avenida, deixando o trânsito lento por cerca de 30 minutos.
[SAIBAMAIS]
Em São Paulo, as consultas e os procedimentos eletivos não foram suspensos. ;Optamos por não prejudicar, de nenhuma forma, o atendimento ao usuário. Somente as lideranças médicas estão participando do ato;, explicou Florisval Meinão, presidente da Associação Paulista de Medicina (APM).
Os médicos reclamam da falta de diálogo com as operadoras de saúde. ;Tem planos que pagam R$ 12 por consulta. Estamos pedindo um reajuste que eleve o valor mínimo para R$ 70. Eles alegam que isso iria onerar o custeio do plano, mas somente cerca de 30% do valor pago pelo usuário é repassado aos médicos;, declarou Otelo Chivo, diretor-secretário do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp).
Além do reajuste nos honorários, os médicos reivindicam o fim da interferência das operadoras de planos de saúde na relação com o paciente. ;São enviadas planilhas aos médicos com os valores dos procedimentos passados por eles. Os que representam um gasto elevado para a operadora estão sendo descredenciados;, denuncia Chivo. Outra proposta trata da necessidade de estabelecer critérios para descredenciamento de médicos.
Nessa terça-feira (24/4), em Brasília, entidades médicas fizeram uma manifestação e acenderam 600 velas em frente ao Congresso Nacional representando os mais de 600 mil usuários de planos de saúde da região metropolitana do Distrito Federal.