Jornal Correio Braziliense

Economia

Funcionários do Mercado Municipal aprendem inglês na preparação da Copa

São Paulo ; A primeira leva de diplomas de inglês foi entregue nesta segunda-feira (23/4) aos funcionários do Mercado Municipal de São Paulo que participaram do programa Mercado Paulistano: É a Língua Que Nos Une. O programa é uma das iniciativas da cidade para a preparação para a Copa do Mundo de 2014. O curso de inglês foi oferecido pela parceria entre a São Paulo Turismo (SPTuris) e a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

No total, 13 funcionários que trabalham nos restaurantes e nas lanchonetes do mezanino do Mercadão concluíram o curso. Eles participaram de 40 aulas, divididas em dois módulos: um básico e um específico para atendimento a turistas, elaborado com base na rotina diária dos trabalhadores. As turmas são pequenas e as aulas são dadas duas vezes por semana.

;São Paulo como anfitriã se prepara captando pessoas, fazendo investimentos e parcerias com o governo estadual, federal e a sociedade civil;, disse o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.

Segundo ele, o curso está disponível a todos os funcionários do Mercado Municipal. O programa prevê também cursos de espanhol, com a primeira turma iniciada em abril, e francês, que deve ser começar em breve, de acordo com a SPTuris.

O garçom Jackson Pereira da Silva, 43 anos, trabalha há cinco anos no Mercadão e disse que se sentiu atraído pela possibilidade de aprender inglês, já que não tinha nenhuma experiência com outro idioma.

;Com o que aprendi já posso atender os estrangeiros. Algumas palavras que eles falavam eu não entendia. [Hoje] eu entendo mesmo que não consiga falar. Vem muita gente de fora aqui. Se todos falassem um pouco de outra língua seria muito bom;, afirmou o garçom.
Maria de Lourdes Silva Araújo Bezerra, 52 anos, trabalha há sete anos em uma lanchonete no mercado. Ela quis estudar inglês para atender melhor os turistas internacionais.

;Minha idade não favorece mais e os novos que sabem falar inglês vão chegando. Eu tenho que me garantir;, disse.

Há cinco anos trabalhando em um dos restaurantes do ponto turístico, Erika Fruchi, de 24 anos, não falava nenhuma palavra em inglês. Para facilitar sua comunicação com os clientes, decidiu fazer o curso. De acordo com ela, o inglês é o mínimo que os trabalhadores do mercado devem saber, já que o local é um ponto turístico que recebe pessoas do mundo inteiro.

;Achei ótimo porque não fico mais tão perdida quando os clientes chegam. Faço uma mistura de mímica com palavras, porque não sei tudo, mas consigo desenvolver o diálogo com eles e até brincamos;, disse a funcionária.