O grupo das 20 maiores economias do mundo (G-20) decidiu ontem destinar pelo menos US$ 430 bilhões ao Fundo Monetário Internacional (FMI). A diretora-gerente do fundo, Christine Lagarde, afirmou que, com o aporte, chega a US$ 1 trilhão a capacidade financeira da instituição. O fundo precisa dos recursos para conter uma escalada da crise da dívida europeia, pois Espanha e Itália podem pedir resgates, seguindo o caminho de Grécia, Irlanda e Portugal. Entretanto, a concretização do repasse depende ainda da definição da parcela da ajuda que caberá aos Brics ; acrônimo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o grupo concordou em contribuir com mais capital ao FMI. Mas o valor do aporte só será fixado daqui a dois meses. Esse é o tempo que os emergentes precisam para barganhar maior participação no fundo, exigindo que seja posta em prática a reforma anunciada em 2010.